segunda-feira, 13 de junho de 2011

Níver do Adão Vovô em Arroio Grande - RS

      A vida pelas motos, o coração para o amor... Amor por uma mulher, amor  pelos amigos, enfim, pela amizade. Isso é o que me faz mais forte e é o que me faz seguir em frente. Feche os olhos abra um sorriso, hoje é dia do Adão Vovô. Tudo que é feito para os amigos me faz muito bem. O convite chegou pelas mãos do Segóvia. Eu andava triste pois há duas semanas havia perdido o níver do Jaguar em Jaguarão, eu havia ido, mas como achava que o evento acontecia de dia me desencontrei dos amigos e por força maior tive que voltar antes de estar com eles. Tristeza que me consumia. Via dificuldades também para ir no Vovô mas dei uma empurrada nelas, calibrei os pneus da furiosa todayzinha, lubrifiquei sua corrente e fiquei na expectativa de sábado. Descansei bastante, pus a mochila nas costas e dei partida na catraca da cgzinha. Começava a aventura.

      Tinha falado com o Tonsor por esses dias, dessa vez a programação batia com o meu tempo. O vento no rosto acalmava a ansiedade a uns sessenta, setenta por hora e pela estrada, sozinho eu ia. A motinho me dá um susto, nesse momento faz um barulho estranho, desengreno as marchas, paro, sumido o barulho, acho que tudo reencaixara novamente, segue o baile. Chego a Arroio Grande, falo com o pessoal de lá e vou garimpando a casa do gaúcho que passava por uma interessante ponte, um Jóckey Clube e uma quadra de futebol. Nisso encontro o Tonsor perdido, taí uma coisa engraçada, eu e o Eduardo não combinamos quase nunca a saída mas sempre nos encontramos pela estrada. Juntos avistamos o pessoal contente com a nossa chegada, cumprimentamos a todos e um grande abraço fica para o seu Adão que aniversariava, juntamente com uma pequena homenagem. Conversamos bastante, demos muitas risadas, histórias contadas, era hora de almoçar. Este, era comandado pelo Careca e te digo, que rango magnífico, uma feijoada, um carreteiraço de babar no pala.
 


     Nosso papo seguia mas agora de barriguinha cheia. Era o Caveirão e um amigo, Paulo Manitu, Flávio e outro amigo Cbzeiro e as esposas deles, eu e o Tonsor, o Adão Vovô e muita alegria. Logo após pegamos um solzinho, admirando a bela região do rancho do Vovô, que é tranquila como água de poço. Fizemos a alegria da gurizada que ficara impressionada com as motocicletas. Até um amigo bicicleteiro, torcedor do peñarol, apareceu por lá.
 

     Foi um dia muito bonito e feliz, por estar com todos e principalmente com o Adão Vovô que se preocupara tanto em nos receber, tão bem. Passava se justificando que não havia convidado a todos pessoalmente pois quem fosse avisado ou tivesse lido o convite em algum lugar, já estava convidado. Para ele todos eram bem vindos. Foi o meu caso. Um amigo levou a outro amigo. É isto que dou valor. A lealdade, a simplicidade. Ter por perto amigos de verdade, aqueles que estão felizes por te ver e você por vê-los. Que crêem que a melhor moto é a que você tem, sem importância alguma de cilindrada. Que querem teu bem. Já caía a tarde e minhas horas iam se esgotando, o pessoal queria que eu ficasse, o Tonsor já havia partido. Por minha partida, queriam partir o bolo também, mas não deixei, a visão era linda e saborosa mas bolo partido tiraria a graça, sabia que viriam mais amigos e gostaria que eles levassem consigo essa bela imagem, meu bem. Para mim já bastava o abraço dado no amigo Vovô e tudo aquilo que vivi naquele dia.
     Obrigado amigo Adão, parabéns para você, uma longa estrada e muitos e muitos Kms de vida. Que sempre estejamos juntos nos aventurando e confraternizando. Carregar comigo estas lembranças é o meu tesouro. Todayzinha roncando. Despedida feita. Vento no rosto. Sol se escondendo e eu de volta para os braços do meu amor...

Vandres/Japa Galeiro - Unidos pela Máquina Herval-RS e Galeiros Brasil.