terça-feira, 28 de janeiro de 2014

15º MOTOFEST EM JAGUARÃO




Um Homem sempre carrega a dor de suas conquistas e perdas. Mas leva consigo também a felicidade de poder ir em busca de suas emoções, de seus sentimentos, daquilo que verdadeiramente lhe faz vibrar. O resto é resto. Mesmo o tempo ruim não lhe impõe medo. Pensa que é só papo? Deveria ter vindo comigo! Quando coloquei todo o meu amor na garupa e pedi a Deus que estivesse conosco e saímos em busca de aventura. Quando as nuvens e o vento estavam em briga e teimavam em tentar atrapalhar o que há de mais puro que é o amor e a amizade. Queria nos privar da liberdade e não conseguiu. Percorremos os 100 kms que separam Herval de Jaguarão entre chuvas esparsas, trovoavas e temporais de vento. Poucos pingos acariciaram nossos corpos e a velha CB que me deu trabalho um dia antes com a sangria de seu freio se mostrava imponente diante da adversidade. Feliz fiquei, em ver os amigos de Jaguarão lá na recepção. Entre eles estava o Macaquinho, todo sorridente. Pude matar a saudade da Lu Gomes que estava com sua bela Fazer azul Yamaha... E ainda me deliciar com um churras de primeira!! Parabéns aos assadores!!! Os ventos pioraram e no meio do temporal chegamos à casa da dinda da Simone. Depois de uns bons beijos nela e um grande abraço no primo Jairo fomos apertar as bochechas da amiga Rosane lá no trailer. Nisso enquanto aguardávamos a grande atração da noite, vieram nos encontrar os amigos Leopoldo e esposa e o amigo Bernardino. Juntos, traçamos nossa bela noite. Dali, foram dar um giro e nos perdemos. Chegada à hora, senti aquele friozinho na barriga... Cara era a Acústicos e Valvulados que iria tocar meu!!! No ano em que comprei a CB tinha comprado também um disco dos caras!! Era o que mais escutava na época, então simplesmente para mim era a confirmação de que meu passado e presente sempre caminham juntos e não se renegam esperando o futuro onde tudo se explica e se faz real. Velho, foi de arrepiar!! Muito “gente fina” o Rafael Malenoti e todos os outros integrantes. Vivemos um sonho naquele momento, vivi minha vida!! E isso era só sexta ainda. Fomos dormir, eram pelo menos umas três da manhã... Quando acordei foi aos beijos de meu amor com um doce feliz aniversário... De minha paixão ganhei uma bela toalha do Grêmio, linda como ela, de Jaguarão ganhei o Motofest, cara o que poderia querer mais??? É tudo que amo, é tudo que quero!!! É meu mundo novo, é a felicidade em minha frente é o amor dentro do coração. Passamos a manhã com a dinda e pela tarde fomos ser felizes. Muitas motos, muito barulho de ronco de motor!! Muitos abraços dos amigos e a saudade cada vez mais distante de todos nós. Vi o Mário, aquele mesmo! Até o Homem-Aranha embaladinho a vácuo andava lá. Vi tantos amigos, não vou conseguir citar a todos. Silvano, Dirlei, Patrício, Mirapalheta, até o filho do Isnar. O Sebástian com a família, que bati um baita papo e matei uma velha saudade... Mais o meu grande e velho amigo Manuel Tatá. Juntando o grupo passei a tarde com o Tonsor e o Jordano. Colocamos a bandeira que mais tarde rasgaram, uma pena. Fomos dar mais um beijo na dinda para logo após curtir o tão esperado show da Só Creedence e Alto Risco. Assim mais tarde deixando a dinda toda babada fomos curtir o restinho da noite. Encontrei o veinhu do Grill que havia prometido pra minha mãe que o encontraria pois ela tinha tirado uma foto dele e de sua moto para me mostrar e registrei essa nova amizade com um belo abraço! E a Alto Risco pulava... e o som da Só Creedence rolava... Fo... demais!! Do ca..... mesmo!!! Era o motociclismo em nossas veias!!! Cara isso é se sentir feliz, isso é se sentir livre!! Isso é ter asas e voar alto!! Bom som, amigos, motos e Rock in Roll! Meu e tem gente que acha que conhece a felicidade, ficando agarrada a dinheiro, coisas materiais, vaidade e nada que é de verdade... Meu Deus tende piedade daqueles que não sabem o que é a verdadeira liberdade!! De material apenas a moto porque nos leva a amizade, ela é símbolo disto.  Curtimos sentadinhos lá em frente à praça de alimentação, atracadinhos nuns belos crepes até as quatro da manhã. Saímos e deixamos um grande beijo na amiga Rô que fechava seu comércio. O Tonsor ficou lá curtindo. Dizem que tinha muita fiscalização até o tio da esquina que vendia nosso último lance naquela noite tava preocupado, pois se assoprássemos o bafômetro daria altos índices de açúcar da quantidade de algodão doce que nos deliciamos... Fomos dormir. Quando acordei tava com ressaca de glicose. Passamos um pouco com a dinda e fiquei esperando que o Tonsor me ligasse pois poderíamos ir todos juntos à lagoa. Realmente me ligou. Só que não foi ele e sim a Aninha. Devo ter ficado pálido ao saber da notícia, gelado sei que fiquei. Os dois haviam se acidentado próximo a Herval. Haviam retornado antes, sem combinar e um animal cruzou repentinamente a via e os havia derrubado. Cara, passou um filme em minha cabeça, me reorganizei e orientei a Aninha, liguei para meus pais e amigos próximos a Herval. Velho Airtão conseguiu socorrê-los. Quando cheguei a Herval a tia Erli me disse que eles estavam bem, mas o Tonsor sempre o mais arteiro tava mais machucado. A Aninha nos telefonou e nos tranquilizou. Agora aguardamos a recuperação desses dois maninhos. Tenho ligado, pois ainda não pude ver meu querido e velho irmão de estrada. Continuo rezando sempre. Com muita fé por meus amigos. Na vida real nem sempre a história acaba bem, seria melhor se não tivesse ocorrido este imprevisto, mas graças a Deus, Ele os manteve conosco. Fica aqui um grande agradecimento a todos de Jaguarão, aos organizadores por mais um belíssimo evento, à tia Erli e o Airtão por estarem sempre prontos para ajudar e a Deus por nos proteger sempre em nossa longa estrada de amor, amizade e liberdade.


Vandres/ Japa Galeiro – Unidos pela Máquina e Galeiros Brasil.

FOTOS INEMA: http://inema.com.br/Albuns/0099196/

6º Bagé Moto Encontro - Integração

Acordar cedinho, espreguiçar-se, pensando nos amigos.  Dar mais uma cochiladinha de meia hora e aí sim, passar a mão nos alforges, no dorme sujo e derrubar a nega veia da cama. Preparar a velha XLX 88, a Gisele X, e rumar ao 6º Moto Integração em Bagé. Tudo isso para dar um abraço nesses amigos. Esse é o valor da amizade. É entender a cada um, mesmo em cada uma, de suas adversidades. Partimos com a certeza que a estrada não era das melhores, mas fazer o quê se é assim que a Gisele gosta? Caminho em extremo mau estado de conservação, de Herval a Pedras Altas tava muito difícil trafegar. A Gisele adora.O bom e velho atalho para Candiota é que surpreendeu, tava perfeito. Tudo para a velha XLX parecia asfalto. Danada e como bebeu, gosta de uma gasolina essa safada ,mas o interessante é ir a encontro fazendo Cross. No posto do trevo de Candiota encontramos o amigo Estradeiro Piratiniense da Sahara, famoso Zé da Patrola que nos acompanhou até o nosso destino mas como tiramos algumas fotos no portal ele continuou e o perdemos. Chegando a Bagé encontramos alguns amigos que nos direcionaram ao evento que estava muito bem organizado. Vários estandes, amplo palco para os shows, praça de alimentação e ainda grandes pirâmides para as motos estacionarem. O Capincho nos encontra e nos abduz para a casa do César e da Rita para comemorarmos o níver do Clã, moto grupo do amigo Capincho.Nem preciso dizer que o almoço foi maravilhoso. Churrascada, carreteiro e saladinha exótica que o só o tio Capincho sabe fazer! Estabelecidos, fomos ao evento abraçar mais amigos. Alguns como o Serginho, o Othero, o Medina, o Ari, Mário Loco, Segóvia, o gordinho do Arroz, putz e mais uma cacetada de amiguinhos fomos encontrando. A estas alturas as motos imperavam. Aproveitei que a concessionária da Yamaha andava por lá e fui fazer teste drive na XT 660. Meninos que moto, fiquei perigando virar a casaca. A Giselinha tava toda enciumada.  Entre muitos sorvetes, sucos e coca-colas pra agüentar o calor e hidratar o corpinho, fomos ver o show da equipe do Jorge Negretti. Show realmente impressionante, o que víamos sempre em campeonatos pela TV assistimos ali, ao vivo. Manobras como Hard Attack, Superman e outras de extremo risco podemos presenciar. Enquanto isso o rock rolava com várias bandas que tocavam por lá mas só conseguimos chegar na Blazer Brothers que fez um show inesquecível num maravilhoso  tributo ao Raul.Ouvimos sem precisar gritar toca Raul.  Era povo, era gente, éramos todos nós embalados por um mesmo ritmo, o da liberdade. Cansados retornamos a casa dos queridos amigos César e Rita e descansamos até o outro dia. Levanto, calmamente arrumo as coisas e vou até a Gisele e tomo um susto... Rabeta, sinaleira e placa danificados! Putz o que teria acontecido? Me grita o Salu lá de cima do sobrado: “ Cara desculpa minha Transalp caiu em cima da tua moto. Bah, nem era só pela questão de valor mas sim, sentimental. Foi um mês e meio de árduo trabalho de restauração no ano passado,  eram pelo menos de seis a nove anos parada, parecia que minha moto havia fugido do ferro-velho mas a deixei como de loja. Com minhas próprias mãos. Dava tristeza de ver ela daquele jeito. Mas vou confessar uma coisa... Saber que uma moto de 700cc, de uns 200 kg de peso, de pelos menos uns quarenta mil reais esteve estirada no chão depois de ter caído por cima de uma veinha de 25 anos, já bem antiguinha, e ela ter se mantido ali imponente sem sequer ter se mexido... Não tem preço!!! Hahaha!Fiz o que pude para firmar a traseira, coloquei as bagagens, a nega véia e retornamos ao querido Herval. Pelo mesmo caminho, pelas mesmas histórias. Ainda encontro os velhos amigos Romeu e Lu Gomes no trevo de Candiota, fazendo com eles outros novos e bons amigos. No meio do atalho paramos para um lanchinho a sombra de uma acácia negra, no meio do nada e com uma vista maravilhosa acenamos a amiga Parceira do Asfalto que passa por nós e pergunta se não estávamos “empenhados”, digo que não e tudo continua como deve continuar, em movimento. Não devemos parar, motociclistas precisam rodar, motociclistas precisam encontrar seus amigos.  Porque hoje ainda é tempo... tempo de se falar de moto. Um bom tempo, onde nada pode ser maior que o nosso sentimento de amor e liberdade, de paz e amizade.  Agradecemos aos amigos de Bagé por mais esta oportunidade, por seu belo evento e se Deus quiser nos encontraremos de moto, mais uma vez.



Vandres/Japa Galeiro – Unidos pela Máquina e Galeiros Brasil.


Fotos:http://inema.com.br/Albuns/0099091/