Junto expectativa, felicidade e
uma grande dose de aventura e coloco nos alforges, acordo cedo e ligo a
máquina. A nega veia me acompanha até
Jaguarão e por lá fica cuidando da dinda dela. Resolvo alguns assuntos ainda
pela cidade, aquela passadinha tradicional na aduana e parto em busca de
aventura. Antes disso, quando estou abastecendo encontro um amigo Harleyro me
acenando e enquanto estou pagando o combustível batemos um rápido papo. Parti
com a permissão em mãos e pela estrada encontrei o estradeiro novamente, fomos
se acompanhando meio de longe pois a estrada estava em condições bem ruins esse
ano. Em alguns trechos era apenas
terra!! Mas dá nada, em relação a Melo, tudo é aventura! Por volta das 11
chegamos no portal para aquela foto de
praxe da chegada mais uma boa conversa e invadimos o Megashow! Aquele forte
abraço no Nike, aquele ótimo papo com os amigos Hamilton e Helô também de
Herval que já estavam por lá. E evento rolando perdi o amigo Harleyro de vista
mas encontrei os ciganos estradeiros.
Girando converso com o Mira e o Madail fiquei até de ir na tenda do pessoal do
Madail mas girei tanto que não deu tempo. Encontro o Brunão de Bagé e uma boa
patrícia gelada tomamos admirando o movimento. Fome batendo faço uma amizade
com outro amigo estradeiro e nos deliciamos com as milanesas e hamburquesas de
Melo sem falar daquela porção de “papas fritas” tipo Mac com a receita especial
do ketchup uruguaio. Uma empurradinha na moto do Rogério por conta do
magnético, um abraço nos amigos de Arroio Grande. E a vida segue e os amigos também, to de boa
solito vendo as motos e o amigo Dirceuzinho vem bater um papo e deixar aquele
abraço. Vou deixar a moto no Ginásio e a
área já tava lotada achei um cantinho e me encaixei por lá. Uma agüinha no
rosto um passeio pelo caminho do evento e a festa segue, vou conferir uma
arruaça lá na saída do evento e era uma junção da gurizada do grau de várias
regiões... Tem gente que não gosta, eu, como sou das antigas, gosto mesmo. Pra
mim, zoeira to dentro! Antigas porque sou do tempo que encontro de moto tinha
zeródromo e a gente fritava pneu lá. Vou a Melo por causa disso, encontro sem
frescura. Quer silêncio, papinho sossegado? Vai pro asilo irmão, ah vou ter
tempo de sobra, uma eternidade depois de velho pra isso!! Agora eu quero
aventura e barulho! Neguinho lá, tava empinando biz e até com dois, hahahaha
tem o meu respeito! Outras figuras empinando XT 660, XRE 300, CB 300 e até XJ
600 tava show mano as figuras não eram fracas não! A noite ia caindo fui até o
acampamento pra relaxar e tomar uma ducha, descansei um pouco dei uma cubada na
moto e retornei. Me achei um pouco solitário, pois os amigo de Herval já tinham
retornado; outros não foram, até estranhei mas também tava precisando ver a
estrada num outro âmbito, numa visão só minha, sentir o vento e a natureza em
total sintonia, elevar a mente, encher os pulmões de emoção e enrolar o cabo da
danada! Na verdade, foi só em poucos momentos pois os amigos de outras cidades
e outros motogrupos sempre estavam por perto. Naquele vai e vem começou uma
neblina fina e eu tava até pensando em me recolher quando os primos Jairo e
Adriana me abordam: “ Ah te peguei, hein!”. Tava tranquilão mesmo só de boa
vendo as motos e sentindo o delicioso cheiro dos chorizos assados. Curtimos
juntos um ótimo show de um banda da Argentina, os caras feras mesmo, só nos
clássicos do rock da linha motociclística. Até foto com o Elvis e a Marilin tiramos...
realmente não morreram!!! Ia ficando tarde decidi abraçar uma hamburguesa e uma
cokinha pra tirar o sono e encontro os amigos Suzana e Senna dos Cavernosos
Original. Se juntaram mais uns amigos conosco e o papo virou a noite. Foi muito
bom estar com eles. Mais um Pancho antes de esticar o esqueleto, um último
passeio entre a multidão e vou dormir. O corpo meio dolorido da viagem e do
dia, descanso curto, pois logo começou a dança das barracas. Acho que fui
dormir umas 2 e a dança começou pelas 6... Vi a Harley ligar na frente da minha
moto e fui lá tirar a minha para dar passagem ao viajante. Em ritmo lento fui
arrumando as coisas, recolhendo a barraca, encilhando a motoka e deixando
aquela tristeza de ter que ir embora, tomar conta. Fica aquele gostinho de
quero mais. Ainda passo pelo local do evento todos dormindo, alguns se
arrumando para partir e eu acenando em despedida. Uma pequena volta por Melo e
vou desfrutar a ruta 26. Pouco movimento, poucas motos passaram por mim,
permissão entregue, pego a Simone em Jaguarão e vamos em direção a querência.
Chegando em Herval, meu velho pai me esperava com um churrasco e assim contei
mais uma vez as muitas histórias de estrada a ele como conto a vocês. Saudade é
o que fica, esperança também. Que Deus nos permita estar sempre rodando e
revendo os amigos, que nos dê oportunidade de fazer novos outros bons amigos
também. Deixo meus parabéns aos Motomaníacos pelo belíssimo evento e parabenizo
em especial o amigo Nike, responsável direto por tudo isso e me solidarizo com
sua dor também, nos discursos de abertura do evento ficou concretizada a
importância que esse amigo tem pra com os seus. Que Deus nos proteja amigo Nike
e que te dê conforto também. Nos vemos em breve amigos, numa próxima, certamente,” vuelvo a Melo em año que viene”!!
Vandres/Japa Galeiro- Unidos pela Máquina e Galeiros Brasil.