A vida... A vida às vezes nos prega peças. Nos tira pessoas
queridas e amadas. Às vezes, nos traz outras que se tornam tudo e que acabam
insubstituíveis. A gente aprende, porque ela ensina. Certas vezes, a gente tem
que “deixar ela nos levar.” “A vida é bela”, a certeza é de que ela é uma só e
de que tem que ser vivida, bem vivida. Era quarta-feira, olhei para traz e vi um
enorme temporal atrás de nós. Que importa? Essa é minha vida, estrada e
intempéries. Desfrutei o caminho. Paramos em Arroio Grande e tomamos um belo
amargo com nossa amiga Rosane enquanto a chuva passava e quando passou,
seguimos. A rabiosa desfilava. Quando chegamos em Jaguarão pensava ser o
primeiro, até avisava nas redes sociais mas quando encontro o Medina e o
Mirapalheta já me falavam que um alemão tinha chegado uma semana antes de Biz...
Bueno, fazer o quê, né? Seguir curtindo! Visitamos os parentes e conhecidos,
fizemos umas comprinhas e até algumas altas manobras com o Focus depois do
almoço da tia Jandira, né tio Moacir? Que nada, isso era só o início. Na sexta
encontramos alguns amigos como o Jordano, Luis Homero e Homero Leal, o amigo
Michel Lanches, Rogério Missa e turma, também os amigos tribais e o Cederli, o
Nike, o Mauro, o Carlo e a grande chegada dos amigos Segóvia e Amorim que
viajaram 10.800Kms em expedição ao fim do mundo. Curtimos o grande show da
Bourbon Shot e Kid Cegonha. Ainda houveram outras bandas mas as altas horas não
nos permitiram. Sábado a festa começava na recepção com o Tonsor, Airtão,
Dionatam e Seu Carlito mais a Dona Zilá, sendo que lá ainda avistamos o Dirlei,
o Serginho e o Sebástian. Meu, tava demais. O churras rolava... Damos um chego
na casa da dinda que nos esperava com um delicioso almoço. Respiramos e
voltamos ao sonho. Curtindo as motos, se juntam a nós o Bira e o Miller. Quando
menos esperamos aparecem os amigos Edu e Cátia e também o amigo Wolney, fora que o Silvano também estava junto com a gente.
Fechamos a roda na praça de alimentação e quando menos se esperava, tava a
Angélica conosco agitando muito!! Nisso ainda chegam a Rosane e o Carlos. O
show da Alto Risco estremecia... As Pepas motoqueiras e lagartixas de esponja
invadiam. O Tonsor fazia altos negócios com os nordestinos, saiu bem de vida,
tinha rede pra dormir e caneca pro kisuco! Saio com ele pra verificar as motos
e encontramos o amiguinho Bruno, putz, baita saudade! Até o Márcio lá de
Pinheiro apareceu! Quando retorno, surpreendo o velho amigo Punk! A noite
chegava e o grande show apontava... Guns Cover direto de Santa Catarina,
hahahaha, foi incrível ver o Axel ao lado do Slash! Mais fritadas e saltos da
Alto Risco e encontro meu colega Mateus das horas militares e incrivelmente ele
conhecia o Tonsor, putz cara, agora tudo é possível! Hahaha! Assim vou deixando
meu sonho acabar, vou me despedindo de tudo, passando entre as motos como se
dissesse a elas: ”não quero ir...” Lá ainda estava o amigo dos jogos olímpicos
Nilo para eternizar o momento. Sento na moto, de um lado o amigo Dionatan, do
outro, seu pai Airtão. Assim fomos abduzidos pela noite. Ainda se pensava numa
invasão da lagoa mas chovia muito no Uruguai... Apenas foi possível, no domingo,
confraternizar com os amigos acampados que ainda não haviam partido, lá estavam
o Alexandre e outros dois de Piratini, até a Victória vi e abanei de longe por
ali. Quando não restavam mais foi minha hora de partir. Agradeço a Deus por
tudo. Parabenizo os organizadores pelo belíssimo evento e digo que se Deus me
permitir volto no ano que vem. Assim só me resta falar da vida... E ela meu
amigo? Ela continua, mais uma vez!
Vandres, Japa Galeiro - Unidos pela Máquina e Galeiros Brasil