segunda-feira, 17 de novembro de 2014

11° Megashow de Motos em Melo

As canções que gosto às vezes soam tristes. E são mesmo. O motociclismo faz com que eu viva em saudade, daquilo que é, que um dia foi e que talvez ainda será. Das amizades que conquistei e das que perdi. Andar de moto sempre foi algo difícil, pelo menos para mim. Onde todos sempre foram contra por necessitar de constante equilíbrio. Mas o que na vida não necessita de equilíbrio? Riscos? Ah! Estou rindo deles. Acredito no veinhu lá de cima. De nosso destino nunca poderemos fugir. Do amor muito menos. Então temos que amenizar a dor, essa falta da estrada, que só acalma com liberdade. Era tudo que pensava e guardava com cuidado entre os alforges. Foi tudo que procurei compartilhar de coração. Quando ouvi o ronco da moto do Airtão já sabia que nossa aventura começava. Me apressei, a Simone também, damos uma volta pela cidade para aquecer o motor e assim, sem combinar, lá na casa do Eduardo nos reunimos para pegarmos a estrada. O destino era o 11° Megashow de Motos em Melo, organizado pelo nosso querido amigo Nike e os Motomaníacos. Fizemos uma belíssima viagem desde a rota pelo Brasil, a travessia da fronteira (apesar da grande lentidão da ponte Mauá e a retirada do permisso) até o portal de chegada à Melo. No abastecimento deixo meu abraço com os amigos Bruno e Aislã. São curvas e paisagens muito lindas até se chegar a Melo. Abraçamos mais amigos na chegada, de cara já vejo o amigo Neto Galeiro que me avisa que toda galeada andava por lá. Vimos também o Segóvia, o Mirapalheta, putz, muitos outros. Vamos ao Ginásio para acampar, se tem algo que deu um charme a mais a este evento foi este Ginásio de Esportes, lindo e confortável sempre adoro acampar lá. Voltamos para resgatar o Airtão que havia ficado no evento, mas ele decidiu ficar. Almoçamos numa lancheria da praça onde se localiza a rádio “Voz de Melo”. Local espetacular. Lá encontramos o Castrinho e sua querida esposa, mais a amiga Suzana e seu amor. Feliz em ver os amigos, cometemos o pecado da gula e fizemos a degustação de cervejas: Pilsen, Patrícia e Norteña. Simplesmente uma delícia! Nada como estar em outro país, para esta oportunidade. Depois de algumas fotos com “La Oficina de Carnaval”, em nosso retorno ao evento, encontramos nosso saudoso amigo Gongo Isnar e assim matamos uma grande saudade. Com ele ainda fomos admirar as novidades da Yamaha uruguaia. Encontramos o pessoal de Cerro Grande, grandes amigos, e nossa querida amiga Tigresa. Lambretistas passeavam... Amigo Zebrita negociava, Nike distribuía sorrisos e nós dávamos aquele abraço bem apertado no El Tata que está “Siempre azulado!” Ao nosso também. Selfiezinha com o Capinchinho, dedo na barriga do Capinchão! Melo é fenomenal. Difícil de descrever com exatidão. Pensa em diversidade... Agora multiplica. Pra ver que nem esquecemos da foto oficial da torta frita! Muito menos da oficial da turma da 7galo, salve Galeiros do Sul, salve Rocca, Neto e o amigo do GPS avariado que só tomava energético. Como se dizia no seriado do Chaves: “Tudo é culpa dos energéticos!” Neto, muito feliz por te ver bem, com saúde e recuperado, abraço cara! Depois de tanta gente fomos descansar um pouco. A noite cai. Os shows começam. Bandas brasileiras e uruguaias compartilham o palco. Os zerinhos ficam por conta de motos, carros e towners cabalhoteiras. Ouço no microfone o nome do velho amigo Capitão, não consegui verificar se era, mas pra esse cara deixo um tremendo abração. Ao fundo das apresentações se via uma impressionante imagem, as luzes que incidiam sobre a floresta e a água imóvel do rio Conventos refletiam como um enorme espelho, a floresta e o escuro céu, que dava a impressão de um infinito precipício por conta da imagem duplicada de cabeça para baixo. Realmente impressionante e inesquecível. Já no evento era povo, uma verdadeira multidão. Nos encostamos num quiosque, lá entornamos várias garrafas de refri e um delicioso churipão. Curtimos muito tudo, passeamos, fomos nos despedindo de tudo, já cansados fomos dormir. Acordamos com um lindo sol, diferente do ano passamos que chovia muito. Arrumamos tudo e pegamos novamente a estrada, pois era hora de partir. Levamos conosco uma grande saudade que não nos diminui a felicidade em ter estado aqui.  Ainda em Jaguarão tomamos um cafezinho e aumentamos a turma com o amiguinho da Ratbike e outro parceiro que nos acompanharam até o primeiro trevo que segue pro Pontal. Parabéns, amigo Nike e Motomaníacos, longa saudade de vocês. Demais, por isso sempre digo, que é em meu peito que arde o forte fogo da paixão. Paixão esta que não acaba que toma conta de meu coração. A antiga paixão pelas motos e pelos amigos, pela aventura e por podermos nos dar as mãos. Por nos sentirmos livres, como se em outra dimensão, distante desse mundo falso, de pura submissão. Manhã e tarde quente, ficamos por Arroio Grande, nos separando do Eduardo e da Aninha que seguiram em frente. Ficamos com o Carlos Airton e a Rosane, mais o amigo Urso, nos deliciando com os dotes culinários da moça. No finzinho da tarde chegamos em casa, nos amamos e adormecemos até uma próxima vez.


Vandres/ Japa Galeiro – Unidos pela Máquina e Galeiros Brasil.