Vamos
todos, vamos todos sim. Rumamos com nossos erros, paixões e desilusões. Vamos
todos com nossos princípios, objetivos e distrações. Sejamos todos, nem que
seja, por um só dia amor, sonho e união. Não façam isso somente porque foi
falado, use o seu coração e deixe a liberdade agir por si só em meio aos
sentimentos, a emoção. Arrumei a moto, apontei a bússola para São Lourenço e
esperei a minha amada “garupeira” Simone subir. Girou o motor e a milona roncou
alto para todo Herval ouvir. Nos deliciamos com as mais de 80 curvas de nossa
querência até a primeira cidade vizinha, Arroio Grande. Saímos dali e chegando
à Pelotas o tempo desabou. Sorte que iríamos abastecer e paramos num posto logo
que começou a chuva. Ali começamos a encontrar os amigos. Meu querido amigo
Volnei e sua esposa Lisete de Pinheiro Machado já estavam por ali, apavorados
com o tempo que teimava em sujar os cromados de sua bela Mirage. Apareceu o
Valdeci e fizemos umas comprinhas lá na loja do Alemão, logo depois parti. Não
chovia mais e os amigos de Pinheiro nos acompanharam. Na recepção do evento,
além de um saboroso churipão, nos divertimos muito com o mascote de um
patrocinador que agitava muito ali. Depois nosso objetivo era o evento, achar
um lugar pra ficar e curtir a festa e os amigos. Assim foi. Na lata fomos
encontrando o Chico de Pinheiro, meu grande amigo Tony do Uruguay, o Nelson
Goulart, o Sabrito e a Maria, o Cesinha e a Ritinha, o Ademir e a Lorena, o
César de Pelotas, putz cara, o Laércio figurinha gente fina que quase nunca
consigo parar e conversar, um amigo que ganhei também por aproximação de modelo
de moto(as nossas são do mesmo tipo), bah veio, até o Segóvia que fazia 5 anos
que não ia ao Moto Lagoa tava lá, o Madail, o Cederli, o Cleiton Xavier- irmão
cbzeiro, o Sérgio Leite. A tarde ia passando e eu não me esquecia de uns amigos
queridos que encontrei todos perdidos logo na chegada, tinha me desencontrado
deles mas tava reservando um tempinho pra ver essas figuras, os Galeiros do
Sul. Então, saí à caça! Me esbarrei com dois deles e pedi as coordenadas.
Encontrei os malacabados tudo mocozados num acampamento lá no meio do evento,
tapado atrás dum ônibus. O Concheski tirava sarro dizendo: “com uma bandeira
tão grande e chamativa, como que tu não via?” É mas tinha um ônibus enorme na
frente, haha! Foram muitas risadas com o Netto, o Sabadin, o Banri, o Vanderlei
(os, né!), um que eu esqueci o nome mas adora invadir barraca, outros mais
novos que estou conhecendo, putz, enfim, foi indescritível o que senti ao rever
essa turma, ir a São Lourenço e não encontrar esse pessoal é como sair com algo
faltando, deixar de ouvir o Banri contar as inúmeras histórias de amigos que
acharam a moto dele para ele, não tem preço. Pena que não pude jantar com eles,
pois tive que estar com meus amigos do motogrupo que também precisavam de mim
por ali, mas o pouco que estive com a turma da moto do século, foi bom demais!
Salve a rainha!! Depois de um belo banho e um belo forro no estômago, fomos
curtir o Rock´n Roll. A Tenente Cascavel tomava conta do palco, cara foi muito
bom ouvir eles tocarem as velhas baladas de minha adolescência. Em meio ao show
pude dar aquele abraço no Jackson e no Fábio do Manitu. Saímos para procurar
uma amiguinha querida Dona Cristina, a mãe Cabiluda. Mãe Cabiluda porque ela é
mãe do Cabiludo que não é mais cabiludo, o amigo Michel. Pudemos dar um beijo
duplo nela e apertá-la bastante antes de ir curtir novamente o sonzinho bom. Na
passada puxamos uma cadeirinha e pegamos um longo papo com o Nike, logo depois
deixei o pessoal em casa e fiquei curtindo a finaleira do evento com os amigos
Dionatan e Adão Nico enquanto os amigos Airtão e Jordano já tinham encerrado a
festa deles. Coisas obscuras vimos juntos. É... pois é, melhor nem falar,
depois eu falo e o pessoal fica brabo, hahahaha! É... a noite é uma criança...
e rebelde!! Motos passavam... Pessoas também. Amigos iam e vinham, aquele
friozinho na barriga também. Tava acabando. É o momento em que não importa mais
o que te consideram e tão pouco o que pensam de ti, o que importa é o que
sentimos, é o que vivemos, é a nossa fé e nada mais. Muitas vezes vivemos numa
rotina que gostaríamos de nos libertar, sair por aí sem rumo e sem hora pra
voltar. É o que mais ouço de muitos amigos, a moto é minha válvula de escape, é
meu alento, é meu descanso. A vida de muitos soa como a música tocada no palco:
“Tô aí há horas, eu vou embora, hora de me mandar, aqui ta devagar, tava
cansado da mesma história, aqui não tá legal, aqui não ta pra mim... Não vou
mais voltar para aquele lugar...”(TNT) Esse é o motivo de sempre pensarmos na
estrada, de pegarmos a moto e partirmos em busca de algo mais, de uma grande
história ou apenas de uma simples aventura. Não importa onde estejamos, que a
gente não permita que aqueles olhos que agridem, que buscam nosso mal nos
vejam... Anda com fé e amor irmão, com isso, tenha a certeza que andará sempre
em frente. Um grande motivo também, pra tudo isso, são os grandes eventos como
este de São Lourenço, o Moto Lagoa. Na
saideira ainda consigo abraçar meus irmãos de estrada Michel Cabiludo e Márcio
Galo da Madrugada, muito legal, baita saudade desses dois!! Fumaceira, risadas,
motos, muitas barracas, areia, lagoa, cachorro dormindo de barriga pra cima... Enfim, fui dormir pra pensar no retorno no
outro dia. Mas não dá pra deixar de contar a melhor da noite... Bom e sempre
que o Banri perde a moto, alguém acha pra ele... Tô de bobeira passeando pelo
evento e quem me pede pra achar o moto dele? Pois é, hahahaha!!!! Achei que
isso era só história de pescador, hahahaha!!! Sorte que eu sabia onde tava, não
perco uma galo de vista! Ótimo evento, parabéns a todos lourencianos, ano que
vem se Deus quiser tamo aí de novo!!!
Vandres/Japa
Galeiro – Unidos pela Máquina e Galeiros Brasil.