quarta-feira, 27 de maio de 2015

1º Moto Acampamento de Arroio Grande

E de tudo aquilo que é dispensado, eu me alimento. Emoções não sentidas, histórias não contadas, realidades não vividas, caminhos não percorridos. Tudo aquilo que é bom, quero que me encontre. Guardo comigo. Poucos são iguais a mim e eu os tento encontrar a cada manhã, a cada oportunidade. Dezenas de estações se passaram e ainda estou aqui, buscando. O amor, a amizade e aquilo que todos que preferem o comum, dispensam. É ir além. É tentar tocar as estrelas. Talvez seja culpa das mesmas. Sentir correr nas veias a liberdade. Mesmo quando te oprimem e te desejam o mal, o importante é não esmorecer, lembrar que há um ser maior, Deus. Era o que lembrava enquanto pilotava ao encontro dos sonhos, ao longo da estrada. Movi meu mundo sem quase sair do lugar. São difíceis os dias de hoje, é muito difícil o caminho que escolhi. Poucas possibilidades talvez, mas sei usar meus meios e eles alcançam a todos por mim. Mesmo com o aperto do horário por conta do trabalho, consegui sair na sexta-feira. Noite linda para se viajar, tranqüila. Chegamos ao evento e que pena, não consegui estar entre os cinqüenta primeiros para ganhar a camiseta do evento, mas que bom, sinal que o evento bombava! Encontramos o Eduardo, o Seu Carlito, o Ademir e a Lorena mais outros amigos aventureiros, tava o Dagoberto, o gordinho Carlo, até minha colega Ticiane da época da Universidade eu vi. Pra deixar a noite bem legal juntamos a galera na recepção onde já encontro o Mira e o Uga-uga e fizemos aquela festa pra uma foto bem animada! Quando fomos descarregar os alforges lá na amiga Rosane Franco acabamos nos perdendo no papo e retornamos só no outro dia. Chovia, bastante mesmo. O local maravilhoso não permitia aborrecimento, pois quem chegava tava em casa! O Segóvia corria com seus preparativos, nós, num matezito amargo. Chegam outros amigos que faltavam: Airtão, Dionatan, Róbito, Natan e até o Helinho com a lendária XLX de apenas 18 mil Kms rodados!!! Nisso também aparecem os Waguinhos e também a colega Roberta. Vi os guris estacionando suas motos num cantinho no galpão e aproveitei, moto véia na chuva né, sabe como é... Entre muitas risadas, muito papo sobre moto rolou. Dei aquela passadinha na recepção na entrada do município e logo depois fui almoçar. Fomos passear com a Rosane Franco pela cidade, uma comprinha aqui outra acolá e depois retornamos ao evento. O rock rolava. A chuva também. Meu olhar alcançava o da Simone, o dela, a mim também. Encontro o Buda e sua esposa, o Vilsinho e o Paulão, o amigo Feliz, o Rogério Missa e o Vovô Adão. Fico muito feliz por ver tão bem a minha amiga Lu Gomes. Como são as coisas, com ela chega o amigo Sidney Uga e ela me conta uma linda história ocorrida pela amizade entre os dois. Me mostrava um anel, que trazia consigo um grande significado de amor e amizade. O Sidney teve um grande amor em sua vida e Deus o resolveu levar. Ganhou o anel, o qual tinha uma grande caveira em seu centro, dessa amada pessoa antes de sua partida espiritual e ouviu da mesma a seguinte frase:“ É para você ou a alguém que você goste muito.” O tempo passou e ele conheceu a Lu, que sempre que se viam, ela pedia-lhe a tão querida jóia. O Sidney sempre negava. Depois de algum tempo, quando a Lu já nem o pedia mais, o velho Uga-uga teve uma certeza em seu coração, já consciente da sincera amizade da Lu para com ele o entregou a querida amiga, cumprindo a frase que ouvira de seu grande amor. Enquanto ouvia e via às lágrimas do Sidney escorrendo em seu rosto ao contar a história, ficava emocionado mas ao mesmo tempo feliz por o anel ter ficado em tão boas e merecidas mãos. Agradeço a Deus por poder presenciar uma história tão bonita e peço que me proteja sempre e aos meus amigos para podermos vivenciar outras muitas histórias tão belas assim. Dou um beijo na Simone e perco os dois na chuvosa noite. O cheirinho da janta chegava até nós, estava sendo feita de uma forma bem rústica e deve ter ficado muito saborosa. Foi feita no fogo de chão ao ar livre, não sei até agora como conseguiram terminá-la, pois chovia muito enquanto cozinhavam. A vida com certos mistérios também fica muito saborosa. Fomos pegar as camisetas do evento e decidimos ir tomar um banho. Vejo minha outra amiga Rosane se divertindo muito, minha amiga Misteriosa também. Chegamos na casa da Rô como uns pintos molhados... Banho tomado, deu aquela canseira e acabamos ficando por lá mesmo. Até luz andou faltando por conta do mau tempo. No outro dia peguei meu kilo de alimento não perecível e entreguei aos guris para a campanha solidária dos mesmos, dei uma volta pelo evento mas a rapaziada já tinha praticamente partido, eram poucos os que ainda restavam. Um abraço nos guris, Segóvia, Medina, Quadrado, Gato Charly e Mira e vou com as meninas dar um passeio pela cidade. A tarde vai acabando, encilho a moto, ponho a dona do coração na garupa, me despeço de minha amiga Rô e sigo em direção à querência nos braços do vento. Fica um grande agradecimento à Secretaria de Turismo de Arroio Grande e a todos que a apoiaram, entre eles o Segóvia e o Mira que batalharam bastante para o evento ser o sucesso que foi. Um lugar lindo, uma estrutura impecável, aliados a grande simpatia do povo arroiograndense, só poderia gerar uma festa inesquecível e grandiosa, simplesmente maravilhosa. E que venha o ano que vem!


Vandres/Japa Galeiro – Unidos pela Máquina e Galeiros Brasil.