Na vida uma chance não
deve ser desperdiçada. Pois pode ser a única chance, a melhor chance ou a
última chance. Dei um toque no Tonsor e traçamos nossas metas. Haviam dois
eventos de dois grandes amigos estradeiros. Não poderíamos estar presentes nos
dois juntos, mas poderíamos nos separar e prestigiarmos com o nome do moto-grupo
nos dois locais. Pela história de longa data, por estar devendo uma ao Cunha e
por o Tonsor nunca ter ido num evento de moto em Piratini/ RS e estando louco
pra ir lá, tracei minha rota para Rio Grande. Tudo preparado, acordei num lindo sábado de
sol. Mesmo assim, como era cedo, pegamos uma forte neblina que teimou em
baixar. Ainda acompanhamos o Tonsor pelo caminho até sermos separados por
nossos destinos. Deixei meu abraço ao amigo Marcel nas mãos do Tonsor. Fui
agradecendo a Deus a viagem tranqüila que fiz até Rio Grande. Até um tempinho
para um beijinho em minha amada afilhadinha pude dar. Retornando ao caminho e
ao abastecer, encontrei um amigo cbzeiro que nos acompanhou até o evento.
Quando chegamos o evento bombava. Inúmeras motos estavam chegando, churras
rolando, regado ao mais célebre Rock in Roll, e os amigos já de braços abertos
nos esperando. De cara já vejo e abraço meu querido amigo Cunha, dali já vem o
Castrinho, vovô Adão e Simone mais o Mário e esposa, o Quadrado mais o tiozão
Cbzeiro e todos amigos do Moto Grupo Rio Grande. Entre um churipãozinho e outro
íamos matando a saudade dos amigos, admirando as belas motos e os graves
roncos. O sol estava forte, o vento vinha quente. Assim não nos fizemos de
rogados e fomos dar um passeio à beira-mar. Após passarmos a pé pelas dunas e
dar um oi para corujinha que mora lá, chegamos à praia. Estava um clima
incrível e o mar calminho. Não resistimos e fomos pegar a moto para o vento
ficar mais forte. Tomamos aquele sorvetinho, dou um abraço no Romeu e vou me
atirar ao mar. Passamos um ótimo momento juntos, eu e a Simone, só nós dois.
Ainda desfrutamos de um exótico xis-cachorro lá na praia. Passo um “fio” pro
Tonsor e ele me diz que estava tudo muito bom por lá e depois da grande
churrascada tava ate tirando um soninho, nisso eu lhe passo o doce balanço do
som do mar. Já totalmente salgados, retornamos ao evento e bato um longo papo
com o Careca e mais um amigo “Amuntoado”. Vou organizando um “bainho” e
deitamos um pouquinho para descansar. Vimos uma novelinha no celular, fizemos
um lanchinho, tipo piquenique e a Si adormece. Vou lá dar uma conferida nos
shows de Rock e mais um papo com o Careca, agora também com o Renato, o Jackson
e o Fábio mais o Willian e a Cibele. Dá tempo ainda para um peixinho à
meia-noite, dizem que era papa-areia, não sei se realmente era, mas era uma
delicia aquele petisco e ainda bem acompanhado do casal Tribal, melhor ainda!
Via o pessoal indo embora, outros se recolhendo, dei mais uma voltinha para ver
as motos e logo após também me recolhi. Fiz minhas preces pelos amigos e
família e fui dormir. No outro dia acordo e encontro meu amigo Carancho mais o
Ricardo de Jaguarão e um baita papo sobre CBs saiu. Tomamos um matezito pra
esquentar, mais um cafezinho com um pão bem novinho e fofinho e o papo já
estava em nossos malditos gatos, hehehe. Arteiros tudo bem. Entre muitas
despedidas, a cada minuto mais e mais irmãos vão partindo. O sol embelezava
nosso retorno. O peixinho frito do almoço também. Acho que nunca comi tanto
peixe e tão saboroso... O coração ia apertando, pois sabia que minha hora de
partir também chegava. Eu e a Si nos olhamos e sabíamos o que tínhamos que
fazer. Era um evento daqueles que não dava vontade de ir embora, queria ficar
mais um pouco lá. Mas enquanto a Simone acertava os últimos detalhes fui me
despedindo de todos e nessa despedida ainda fiz alguns amigos como a Paulinha
minha conterrânea de Porto Alegre e um casal muito simpático de Canguçu. Deixo
meus parabéns a este tão querido moto-grupo e agradeço toda a hospitalidade de
vocês, foi realmente um evento incrível, daqueles “das antigas”, muito bom
mesmo. Fica um abraço especial ao Cunha e ao Osmar Herval. Retorno muito feliz
com a missão cumprida, estrada tranqüila e quente, vitória histórica do time do
coração pelo caminho diante do maior rival, acenos dos amigos na viagem.
Cheguei em casa bastante feliz porque hoje escolhi qual caminho seguir, por
todos os outros dias, que não escolhi.
Vandres, Japa Galeiro –
Unidos pela Máquina e Galeiros Brasil.
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