terça-feira, 8 de novembro de 2011

10º Motoshow do Mercosul - Unidos pela Máquina

Das coisas que me incomodam está a saudade. Era sábado, acordei cedo, respirei fundo e sai com a intenção de matá-la. No lombo da quatrocentas, com os alforges e a mochila nas costas segui meu destino e levei comigo a alegria de estar na estrada novamente. Convidei, como sempre, Deus para minha garupa e pedi a ele que estivesse na garupa de todos também. Com o coração repleto de sentimento, a emoção crescia a cada metro, a cada quilômetro.

A viagem foi excelente, fui em baixa velocidade para poder curtir cada momento, cada paisagem. Chegando lá avistei as placas que o amigo Paulo Manitú falara em sua rede social, realmente muito fácil de se chegar ao evento que este ano havia mudado sua direção. Amigos e mais amigos iam chegando enquanto eu registrava esse momento e me abanavam de longe enquanto iam passando, e com isso, o meu sorriso ia crescendo.

 O local era um amplo contato com a natureza, sem deixar de se ter todo o conforto necessário para um grande evento. Lindo mesmo, como admirar o vento. Na chegada já vou deixando meus beijos aos conhecidos e mirando as novas amizades, enquanto isto, desesperado, o Faquir me gritava: "Tem um lugar aqui!! Tem um lugar aqui!!!" Me espantei por tamanha sorte visto a quantidade de motociclistas que já estavam instalados, mas tinha um fiozinho que enquanto montava a barraca não havia me chamado a atenção e nisso me gritam: " Está reservado! Está reservado!" Era para amigos uruguaios, não era simplesmente sorte. Enquanto converso com eles um rapaz me olha e diz assim: " Está indo embora?" e repito: " Não, é que este lugar era para outra pessoa que está para chegar." E ele me responde:  " Esta persona soy yo. Vas te quedar acá conosco." E vi algo que alguns de meus irmãos compatriotas não haviam tido a humildade de fazer, em vários outros eventos em que ocorreu a mesma coisa, empurrar uma ou duas barracas e me permitir ficar junto com eles. Gracias Alejandro, não é à toa que és o organizador do evento Motos e Amigos de Melo, sabes como multiplicar a amizade mesmo em frente a adversidade. Pôde-se chegar a conclusão que não era sorte era muita sorte.

 Com a amizade reforçada, um bom chimarrão tomamos, enquanto botávamos as fofocas motociclísticas em dia. Só que em motoeventos não conseguimos ficar muito tempo somente com uma turma, pelo menos comigo acontece isto, e logo um amigo puxa o outro e dali já encontrava o Romeu dos pica-paus de Rio Grande e também o querido amigo Cubija. Entre bons papos, volto aos amigos uruguaios e vamos fazer nossa inscrição, no preenchimento de cada linha vou conversando com o amigo Tim Tones de Pinheiro Machado. Me perco deles e me deparo com os Ginetes do Asfalto e ali começamos a nos preparar para o almoço. Sentindo o cheirinho vou abraçar o Miudinho dos Escaravelhos e me assusto com a quantidade de espetinhos. Depois de umas fotinhos e um papinho rápido com os tiozões do churrasco, quem eu encontro? Quem? Bi-Turbo! Isto mesmo, ela e a Giza também além de outra amiga também que por burrice, mais uma vez , não perguntei o nome. Muitas vezes vou conversando, vejo seguidamente e vou saber o nome depois de muito tempo, oh vergonha. Mas estes geralmente viram grandes amigos. E a Bi-Turbo trouxe sorte, a fila do churras se formou atrás da gente! Um belo churipão a gente degustou juntamente com muitos outros amigos, como o Hilton e a Déia da Sobremotos.






Dali encontro o Mário... Ele mesmo! Admirando grandes esportivas como sempre e ainda emendo conversa com o Caverão que me deu uma grande aula sobre choppers, bobbers e ratbikes, papo interessante e de altíssimo nível.
 E enquanto isso avisto mais uma camisetinha do nosso grupo, mas quem seria? Olho, olho... O Natigal!! E assim aumentava mais nossa participação pois o Tonsor deste sexta agitava, consegui falar com o Tonsor rapidamente na chegada mas ele tinha ido pro colinho da mamãe com a Aninha. Velho Natigal, grande amigo, fomos tomar uns refris. Refris? Isto mesmo, só no sukinho pois íamos mais tarde visitar sua família com um belo passeio por Pelotas. Sentamos junto com o Romeu e entre um sukinho e outro um amigo me cobra que não o havia reconhecido.



 Era um amigo que havia conhecido no Portal de Bagé quando fiz uma das maiores aventuras terrenas com a cleozinha, minha cg. Eu fui ao encontro dos grandes amigos Bins com chuva pela terra e por Candiota, pelo atalho da morte. Cheguei com barro nos dentes e o amigo ainda achava que eu tava enchergando ele direito, pior que o safado não me disse nem o nome mas ele me paga esse tá reservado na minha lista negra da tortura, hehehe, uma hora vem o troco e lembro que no fim do mês tem Bins de novo e a Cgzinha votla a roncar. A noite vem chegando e as bandas vão dando o tom do que ela seria. Nisso o Zebrita anuncia que vai ao "baño". Volta e grita bem alto para todos: "Quieren coco, coco!!" Deve ser algo exótico lá do uruguai sei lá. Tonsor já estava de volta e conosco, como já íamos nos dirigir ao jantar o Natigal nos deixa. Uma pequena fila de dois quarteirões nos aguardava...  Lá dentro eu e a Aninha achamos algo estranho, só vimos o buffet das saladas e massas, mas tudo bem, enchemos os pratos e quando fomos ver o Tonsor, vimos ele engraxando os bigodes na área dos buffets de carne. Eu e a Aninha nos olhamos e na minha mente veio aquela imagem do Chaves na escolinha:" Ai que burros, dá zero pra eles!!" O jantar estava delicioso e nisso somos chamados para pegar o troféu, era dia de sorte mesmo, começaram a chamar pelos últimos. Então hoje, estávamos com os primeiros. Nós, eu e o Tonsor, sempre procuramos receber o troféu juntos pois simbolizamos estar " Unidos pela Máquina". O jantar acaba e vamos curtir o grande show, aquele sonzinho que curtimos, aquele bom e velho Rock in Roll. E foi grande mesmo, era o Iron que estava ali. A banda Mr Duke deu as cartas da noite e transformou o que era pó em sentimento, sentimento de fúria e amor, algo incontrolável em nossas almas. Agitamos, conosco estava a Bi-Turbo, também a Giza, a Jêh, que estava com seu novo amor e que é uma grande amiga, até me presenteou com algo que está encrustado em minha alma que é o sentimento galeiro, ele veio na forma de uma camiseta, enfim, estava o Capincho e todos nós que amamos o vento e as duas rodas, showzasso!! Eu até que não pulo muito e até que pulei bastante por isso cansei e fui dormir.



Já na barraca ia adormecendo com a turma da virada que gosta de ficar a noite toda naquele bom papo da madrugada em volta de uma fogueira. Já de manhã tomo um banhozinho para tirar a ressaca, como dizia um amigo uruguaio da barraca ao lado, e ponho as malas de garupa de volta ao lombo da quatrocentas, abraço os amigos e começo o meu retorno pois o tempo resolveu não segurar mais e estava a fim de problema, saio antes da chuva, ainda consigo me despedir do Serginho que com ajuda de seus fiéis companheiros nos proporcionou mais uma doce lembrança. Parabéns amigos pelotenses. Retorno tranqüilo, realmente na paz, vendo as mesmas belas paisagens, sentindo o mesmo vento. Ainda passo pela casa dos meus pais pois tinham me ligado dizendo que iam assar uma carninha e que eu desse uma chegada lá. Pena que segui frustrado por ter, com grande ferocidade, matado uma saudade e ter retornado com uma nova saudade no peito mais uma vez.
Vandres, Japa Galeiro - Moto Grupo Unidos pela Máquina e Galeiros Brasil.


Vídeo Motoshow


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