A Simone arrumava suas coisas. Eu preparava a moto e mirava o
tempo enquanto recebo uma ligação. Era o Tonsor me perguntando o que eu estava
pretendendo, respondi a ele que estava me preparando para pegar a estrada. Ele
então nos convida para irmos todos juntos por conta do mau tempo, de carro.
Pensei e não achei ruim a idéia. Topei mas apenas por causa das meninas. Foi
uma ótima viagem fomos eu, o Tonsor, a Aninha e a Simone. Nosso destino era o
Capão do Leão, cidade próxima a Pelotas, que recebeu de braços abertos o
Motoshow do Mercosul deste ano. O evento contou com dois ambientes distintos: a
Praça da Estação e o motoacampamento no CTG da cidade. Tanto um como o outro
tinham um visual exuberante diante da natureza que os cercavam como também
pelas construções do município. Chegamos pertinho do almoço e nos deliciamos
com um saboroso churipão. Enquanto fazíamos nossa boquinha muitos motociclistas
chegavam e as muitas motos iam cada vez mais dando um toque especial ao
encontro. O calor castigava e apesar da cara feia do tempo este ia segurando
enquanto passeávamos pelo evento. Abraçávamos os amigos, tomávamos um sorvete.
Brincávamos com os trilhos do trem e a chuva ia chegando. Corremos para o
acampamento e muitos já estavam lá. Enquanto cevávamos um mate a chuva ia
caindo e levando com ela o dia. Chovia forte enquanto jantávamos. Mas não
atrapalhava o começo de novas amizades. Assim conheci um amigo lá do Amazonas,
que morava no Rio de Janeiro mas trabalha aqui no Rio Grande. O Tonsor pega
nosso troféu. Puxo o Seu Carlito para nossa mesa e dali, eu e a Simone, vamos
conferir nossa barraca que estava em baixo d’água. Fazer o quê, acontece. A Si
dava risada, deve ser doida mesmo ou simplesmente, goste de verdade. Beijo a
Simone, sorrimos um para o outro e um motociclista grita lá fora: “ o amor é
lindo”. Sorrimos mais ainda pois essas coisas parecem mentira, mas ela viu que
não sou feito apenas de palavras. Adormecemos e entre desmontes de barracas
acordo com um “luau” sob lonas do pessoal de Dom Pedrito. Rolava de tudo, o
violeiro era bem eclético. Quando dei por mim estava por lá e só retornei pelas
quatro da manhã. A chuva e o vento assolavam e assim ia amanhecendo. Levantamos
e guardamos tudo. Tomamos um dos melhores cafés da manhã destes eventos, nos
despedimos dos amigos e pouco depois retornamos ao nosso querido Herval. Ainda dividimos a estrada com irmãos que se
encaminhavam para o Uruguai. Já em nossa cidade, nos sentimos gratos pela
hospitalidade de nossos amigos Scargot, Manitú, Furia, Sem Destino, Confraria
do Capacete, Amigos do Vento, Alma Livre e demais motogrupos que os auxiliaram
neste maravilhoso evento. A Deus, além de agradecê-lo pela proteção, fica o
pedido de benção para poder ver novamente nossos amigos no ano que vem.
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